sexta-feira, 25 de maio de 2012

8 dias no quarto hospitalar

Dia 1 de dezembro sai da UTI fui para o quarto, lembro-me que fiquei muito feliz quando me disseram que eu ira para o quarto , pois achava que seria bem mais tranquilo.Mal sabia eu que a rotina no quarto não seria diferente da UTI, pois fiquei em um quarto semi-privativo do IPE,com duas paciente e uma acompanhante de origen italiana ,que conversavam o dia inteiro como se estivessem na roça tal era o volume da conversa. Também tinha o vai e vem de enfermeiras,como na UTI.Ja no hospital comecei a fazer fisioterapia duas vezes por dia e quando meu marido ficava me acompanhando repetia comigo os exercicios feitos pelo fisioterapeuta,fazia tamtém acompanhamento com fonoaudilogo para reforçar a musculatura da deglutiçao,para posteriormente voltar a me alimentar pela via oral,pois sem esta musculatura reforçada a alimentação via oral tem risco de engasgar e partículas de comida irem para os pulmões e provocar uma peneumonia asperativa, o que nas minhas condições naõ seria conveniente. Já que eu estava bastante debilitada. Quando sai do hospital já conseguia levantar um pouco o pé esquerdo o que já é era um progresso pois estava totalmente imóvel. Na última noite que fiquei no hospital foi horrivel, pois uma das pacientes que estavão dividindo o quarto comigo fez uma cirurgia para corrigir um problema no osso da cocha. Quando voltou para o quarto por volta de 17 horas,gritava desesperadamente de dor, sendo que já tinha recebido uma dose de morfina não podia mais receber calmante pois sua pressão arterial estava 6/4 e as enfermeiras diziam que se lhe dessem mais calmante ela morreria,ao que respondia eu quero morrer,pois não quero sentir dor. ( EU REALMENTE ACHO QUE NIGUEM MERECE SENTIR TANTA DOR ASSIM). Lá pela madrugada não sei se a morfina fez efeito ou lhe deram mais algum remedio sei que por algum tempo ela se acalmou, então deu para dar ua cochilada.Depois de 7 dias no quarto,pela manhã recebi a melhor noticia que poderia esperer naquela situação, eu estava liberada para ir para casa.(UFA QUE FELICIDADE ) Poder dormir na minha cama era uma glória. O tempo que fiquei esperando pela ambulância que viria de Capão de Canoa para me buscar me pareceu uma eternidade; Finalmente..por volta da meia noite chegei em casa; Meu marido Cesar carregou-me por 8 lances de escada (PREDIO DE PORBRE NÃO TEM ELEVADOR, HAHA) em fim em casa.

 

(Foto No quarto do hospital em Bento Gonçalvez)

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